domingo, 4 de junho de 2017

PASSAGEM DE TURNO






PASSAGEM DE TURNO












É um momento de partilha de informação entre quem cuidou e quem vai cuidar de modo a garantir que toda a informação importante para garantir a continuidade de tratamento e a segurança dos cuidados.


Esta passagem de informação deve ser sistematizada, deve ser abrangente incluindo aspectos gerais e particulares dos cuidados.



Em cada unidade existem linhas de conduta relativamente a esta passagem da informação, cada serviço/unidade tem as suas rotinas. Em algumas unidades a passagem de turno faz-se a dois tempos. Num primeiro tempo é feita em geral para todos e num segundo momento em particular na unidade/box do doente, ou então ao contrário, particulares primeiro e no geral para todos depois. Independentemente da metodologia o essêncial é garantir que a informação importante é passada, compreendida e aprendida.

Factores dificultadores da passagem de turno

  • De um modo geral no fim do turno as pessoas estão já cansadas e com ansia de sair pelo que por vezes pode suceder que alguma informação possa ser omitida/suprimida, bem como conversas paralelas que são normais existirem nestes contextos e que poderão desviar do foco essencial. 
  • Poderá ocorrer também falta de poder de síntese para ir directo ao que é verdadeiramente importante pelo que por vezes as pessoas acabam por desligar do que estão a ouvir.
  • Excesso de pormenores e tempo em demasia para passar um doente tornam por vezes este momento um verdadeiro calvário...
  • A boa disposição é importante existir no local de trabalho mas não pode ser a causa do descurar de alguma informação.



A passagem de Informação deve ser

  • Concisa, sintética qb mas deve-se garantir que o importante é passado.
  • Pormenores que já nada ou pouco têm a ver com o momento actual devem ser suprimidos.

Uma espécie de guia

Orientar a passagem do turno numa linha temporal, do início ao fim do turno tendo em conta:

  • Consciência, orientação;
  • Capacidade de cooperar nos cuidados;
  • Referencia a presença de dor; 
  • Referencia a funções vitais caso se justifique;
  • Drogas de suporte
  • Cuidados prestados e tipo de colaboração/reacção aos mesmos;
  • Referencia à alimentação; 
  • Exames complementares de diagnóstico;
  • Relato de intercorrencias;
  • Presença de família;
  • Necessidades Religiosas
  • Como ficou


Exemplo prático de uma passagem de turno de um doente numa UCI





PASSAGEM GERAL (PARA TODOS)

O Sr. X da cama 11, mantém-se sedo-analgesiado com Propofol e Remifentanil
Conectado e adaptado ao ventilador em VC
Mantém perfil hipotenso e traçado ECG irregular com FA. Tem suporte de Nora e Perfusão de amiodarona
Fez ECO cardíaca que revelou insuficiencia mitral e foi à TAC fazer TAC CE que está sobreponível á anterior.
Apresentou hipertermia e fez Paracetamol que foi eficaz
Teve visitas que foram orientadas para falar com médico
Mantém NE contínua que tem tolerado, já está no volume alvo
Dreno craneano está funcionante
Algalia permeável com boa resposta ao lasix

(LEVA POUCO MAIS DE 30 SEGUNDOS)

PARTICULARES (NA BOX E SÓ PARA O COLEGA)
Todo o conteúdo passado no geral mas especificando valores e diluições das drogas: Propofol 2% a 15; Remifenta 2mg/50 a 4; Nora 10/50 a 8 ml/h; Amiodarona 300/100 a 30 ml/h
Mostra drenos, tubos...etc..
Para além disso verifica a unidade com o colega que vai receber.







































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