Blogue destinado a todos os que gostam do ambiente que se vive nas UCIs independentemente de exercerem nestes contextos. Pretendendo a partilha de experiencias de modo a que todos possamos desenvolver mais conhecimento ao serviço de todos...
ASV - MODO VENTILATÓRIO - VENTILAÇÃO COM SUPORTE ADAPTATIVO
O Modo Ventilatório ASV, é uma forma de ventilação minuto mandatória implementada com uma pressão adaptativa.
É programado um volume minuto alvo e o ventilador providencia respirações mandatórias, volume ou pressão controlada quando a respiração espontânea do paciente gera um volume minuto abaixo do determinado.
MODO DE FUNCIONAMENTO DO ASV
Este modo determina o volume corrente apropriado, frequência para as respirações mandatórias e volume corrente apropriado para as respirações espontâneas com base na mecânica respiratória e na ventilação minuto alvo.
Fornece respirações controladas a pressão, utilizando um esquema de optimização adaptativa, ou seja o ventilador selecciona o volume corrente e frequência respiratória que a pessoa iria usar se não estivesse ligada a um ventilador, isso é feito para estimular a pessoa a respirar espontâneamente.
O ventilador calcula o volume minuto normal requerido baseado no peso ideal do paciente e o volume estimado do espaço morto. Este cálculo representa 100% da ventilação minuto. O médico deve determinar a percentagem do volume minuto que o ventilador deverá auxiliar. Se o doente tiver com aumento da demanda ventilatória como em casos de sepsis, a percentagem de Volume minuto programada deverá ser maior que 100%, por outro lado, em situações de desmame da ventilação esta percentagem de Volume Minuto deverá ser menor de 100%.
O volume corrente alvo é calculado a partir do volume minuto normal dividido pela freqüência. O volume corrente alvo é atingido por um mecanismo de PA, o que significa que a pressão é limitada automaticamente e ajustada para atingir uma média do volume alvo. O ventilador monitoriza continuamente a mecânica do sistema respiratório e ajusta os parâmetros de acordo.
O ventilador ajusta a freqüência para evitar retenção de ar devido ao encurtamento do tempo expiratório, evita a hipoventilação através de um volume corrente maior do que o espaço morto e evita volutrauma evitando volumes exagerados.
PARAMETROS DO ASV: Peso, % de Volume Minuto, Fio2, PEEP
VANTAGENS DO ASV
O ASV oferece selecção automática dos parâmetros , adaptação às mudanças de mecânica respiratória com o mínimo de manipulação humana da máquina melhorando a assincronia e o desmame automático.
O ASV reduz trabalho inspiratório e melhora a interação paciente-ventilador
A CPRE (colangipancreatografia retrógrada endoscópica) é um dos exames usados para diagnóstico e terapêutica das doenças do fígado, vias biliares, vesícula e pâncreas. Através de um endoscópio que se introduz pela boca e, que após inspeccionar o estômago e duodeno, permite injectar contraste pelo orifício da papila (junção da via biliar com o duodeno),obtendo-se assim uma imagem por Rx das vias biliares, vesícula e pâncreas.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é uma técnica que utiliza simultaneamente a Endoscopia Digestiva e a imagem fluoroscópica para diagnosticar e tratar doenças associadas ao sistema biliopancreático.
O procedimento endoscópico inicia-se com o doente em decúbito ventral, sob anestesia geral. É utilizado um duodenoscópio de visão lateral, que é inserido na boca e passa através da garganta para o Esófago, estômago e segunda porção do Duodeno, local onde se visualiza a papila duodenal (Papila de Vater). A papila corresponde ao ponto de convergência do canal pancreático principal e do ducto biliar comum, onde são drenadas as secreções pancreáticas e biliares para o Duodeno.
Após observação cuidadosa da papila procede-se à canulação seletiva do ducto biliar comum ou do canal pancreático principal, obtendo-se um colangiograma ou um pancreatograma respetivamente, que consiste na injeção de produto de contraste radiopaco no canal em causa, o que permite a sua visualização por fluoroscopia.
Esta técnica permite, na mesma sessão, detetar e tratar anomalias da árvore biliar e/ou do canal pancreático principal, recorrendo a diversos acessórios especializados que se passam através do duodenoscópio – por exemplo, extração de cálculos, dilatações com balão e colocação de próteses. A CPRE é uma técnica complexa que, comparativamente a outros procedimentos endoscópicos, está mais frequentemente associada a complicações graves, pelo que deve ser reservada para os casos em que está devidamente indicada. Habitualmente, todos os doentes propostos para uma CPRE já foram submetidos a outros exames de imagem, nomeadamente ecografia abdominal, tomografia computorizada ou colangio-ressonância, que ajudam a definir a patologia em causa e a sua localização, facilitando a interpretação dos dados da CPRE.
CPRE TERAPÊUTICA
Esfincterotomia – No caso do exame mostrar que existem cálculos (pedras) ou obstáculos nas vias biliares. O médico poderá efectuar o corte da papila, por corrente eléctrica, que não é sentida pelo doente. Após a abertura do orifício da papila é possível retirar os cálculos da via biliar com ajuda de um cesto ou de um balão. Colocação de Próteses– Uma prótese é um pequeno tubo de plástico ou de metal expansível que é introduzido nas vias biliares quando existe um obstáculo benigno ou maligno e, serve para aliviar a icterícia (cor amarela dos olhos e da pele). Por vezes estes tubos podem ter que ser colocados no pâncreas quando existem obstáculos nesse órgão.
RISCOS E COMPLICAÇÕES?
A CPRE diagnóstica e terapêutica é considerada o exame apropriado para estudar/tratar determinado tipo de doenças. É tão eficaz e mais seguro que a cirurgia, contudo, nem sempre é possível ter êxito e podem surgir complicações:
a injecção do contraste poderá desencadear reacções alérgicas
poderá também haver inflamação do pâncreas (pancreatite) ou das vias biliares (colangite).
Outras complicações possíveis são perfuração do tubo digestivo ou a hemorragia. Estas complicações são raras, mas podem ser graves e exigir tratamento urgente: médico ou cirúrgico em 2% dos casos.
O risco de morte é inferior a 1%. Nas 24 horas após os doentes submetidos a este exame devem ser instruídos que no caso de sentirem dores, febre ou qualquer perturbação que considerem importante, devem contactar imediatamente o seu médico ou dirigir-se ao Serviço de Urgência do hospital.
Problemas tardios – No caso de ter sido colocada uma prótese, esta poderá ficar obstruída, podendo aparecer febre, icterícia e dor, o que obrigará à colocação de nova prótese. Após período de tempo variável também podem reaparecer os cálculos na via biliar, o que poderá justificar um novo exame.
A Vida não tem preço nem prazo de validade mas infelizmente tem fim. Esse fim deverá ser digno e proporcionado por quem cuida atendendo à diginidade da Pessoa Humana.
Os enfermeiros cuidam de gente ao longo do seu ciclo vital, a hora da morte faz parte desse ciclo e é um momento que deve ser vivido... todos temos o direito a morrer com dignidade...
Os Cuidados têm que fazer sentido, os profissionais têm que ter objectivos e esses objectivos têm que ser adequados ao que se pretende alcançar.
O doente crítico só é crítico porque faz sentido acreditar que pode melhorar. Quando melhora todo o esforço, todas as expectativas criadas por quem cuida são compensados, por outro lado quando se investe muito em situações em que ninguém percebe o porquê desse investimento o sentimento de frustração é imenso, a descrença torna-se banal e em situações futuras corremos o risco de ter profissionais doentes a cuidar de pessoas doentes porque a exaustão emocional e a descrença toma conta das pessoas... o trabalho, o esforço na maior parte das vezes tem que fazer sentido...
Deixo este texto para reflexão...
"a renúncia a meios extraordinários ou desproporcionados não equivale ao suicídio ou à eutanásia, exprime, antes, a aceitação da condição humana face à morte, evidenciando a noção de que a vida humana merece ser respeitada na sua dignidade não equivale ao suicídio ou à eutanásia, exprime, antes, a aceitação da condição humana face à morte, evidenciando a noção de que a vida humana merece ser respeitada na sua dignidade"
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... EM ESTÁGIO DE PRÁTICAS CLÍNICAS MUITAS VEZES COMEÇÁVAMOS O DIA DE ESTÁGIO COM A ORAÇÃO DO ENFERMEIRO... DEIXO AQUI PARA TODOS MAS EM ESPECIAL PARA A MALTA QUE COMO EU PASSOU POR ISTO... ;)
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