CRISTALOIDES E COLOIDES
As soluções usadas em fluidoterapia, embora artificialmente, podem ser classificadas em cristalóides e colóides.
Cristalóides são soluções aquosas de electrólitos ou de moléculas não ionizáveis de muito pequena dimensão (< 0,001 mm). A maioria é isosmolar e, ao contrário dos colóides, é de fácil fabrico, não provoca reacções imunológicas e tem baixo custo. Não contém partículas com propriedades oncóticas e por isso não ficam confinados ao espaço intravascular. A distribuição da água pelos três compartimentos depende da concentração de sódio da solução. O cloreto de sódio 0,9% (0,9 g/100 ml) é o exemplo clássico de um cristalóide isotónico. Como o sódio é o principal ião extracelular e o fluido intersticial constitui 3/4 do volume do líquido extracelular, por cada unidade de volume de cristalóide isotónico administrado 1/4 fica intravascular e o restante distribui-se pelo espaço intersticial. À medida que a concentração de sódio diminui no cristalóide, aumenta a quantidade de água que se distribui no espaço intracelular. Por exemplo, a glucose 5% (5 g/100 ml) que não contém sódio, distribui-se proporcionalmente pelos três compartimentos. A maior fracção fica no espaço intracelular, o qual tem maior volume, e apenas uma pequena parte, cerca de 10%, permanece intravascular.
Colóides são dispersões aquosas de partículas de maiores dimensões (de 0,001 mm a 0,1 mm), com propriedades coloido-osmóticas, exercendo por isso uma determinada pressão oncótica, ficando confinados durante um certo tempo ao espaço intravascular. O sangue e seus derivados, como a albumina, exercem pressão oncótica porque contém proteínas de elevado peso molecular. Os colóides artificiais, como as gelatinas, o dextrano e os amidos, também possuem moléculas de elevado peso molecular. Os colóides iso-osmolares expandem o plasma na mesma proporção do volume administrado. Aqueles com pressão oncótica mais elevada produzem uma maior expansão do plasma por chamada de líquido do espaço intersticial. O seu rendimento em termos de aumento de volume intravascular por unidade de volume administrado, isto é, a sua eficácia volémica, é variável com o tipo de colóide e a duração do efeito volémico depende da sua semivida intravascular. Os amidos apresentam-se em diferentes concentrações, pesos moleculares e relações de substituição molar (razão radicais hidroxietil/glucose). Este último factor influencia a semivida do amido. Os amidos mais frequentemente usados têm 200 KDalton e 0,5 de relação de substituição molar, apresentando-se nas concentrações de 6 a 10%. Os amidos de nova geração, nomeadamente o hidroxietilamido 130/0,4 a 6%, mantém a mesma eficácia volémica dos 200/0,5 podendo ser usados indistintamente mas com menor acumulação tecidular e menor interferência na coagulação.
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