🛏️ FAST-HUG: muito mais do que um acrónimo
Criado pelo intensivista belga Jean-Louis Vincent, o FAST-HUG surgiu como uma forma de garantir que os cuidados essenciais não fossem negligenciados durante as visitas médicas em UCI. Cada letra representa um componente vital da avaliação diária:
• Feeding (Alimentação): Avaliar se o doente está a receber nutrição adequada, seja por via oral, enteral ou parenteral. A nutrição é um pilar da recuperação.
• Analgesia: A dor mal controlada pode comprometer a estabilidade hemodinâmica e aumentar o risco de delírio. Avaliar e tratar é essencial.
• Sedation: Monitorizar o nível de sedação, ajustando conforme o estado clínico e evitando sedação excessiva que possa prolongar o tempo de ventilação.
• Thromboembolism prophylaxis: A imobilidade e o estado inflamatório aumentam o risco de trombose. A profilaxia deve ser revista diariamente.
• Head-of-bed elevation (Elevação da cabeceira): Medida simples que reduz o risco de pneumonia associada à ventilação mecânica.
• Ulcer prophylaxis: Doentes críticos têm maior risco de úlceras de stress. A profilaxia deve ser ponderada conforme os fatores de risco.
• Glucose control: A hiperglicemia está associada a pior prognóstico. O controlo glicémico deve ser rigoroso, mas sem provocar hipoglicemia.
Este protocolo não substitui o raciocínio clínico, mas funciona como um checklist mental que promove segurança, consistência e qualidade nos cuidados prestados. A sua simplicidade permite fácil memorização e aplicação transversal, desde médicos a enfermeiros e farmacêuticos clínicos.
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📚 Referências
• FAST-HUG: A Sistematização do Cuidado no Paciente de UTI – Congresso SIMBRATI
• FAST HUG EPM: Uma abordagem sistemática ao paciente crítico – ResearchGate
• Guia Completo para o Protocolo FAST-HUG – Grupo MedCof
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