Cada vez mais e um pouco por todo o lado se ouve nas conversas de enfermeiros das mais diferentes áreas profissionais falar em "buling"no trabalho. "Buling"não será propriamente, na medida em que o termo a usar não será este mas sim Mobbing ou assédio moral.
Cada vez mais os enfermeiros sentem na pele práticas de gestão assentes na manipulação persuasiva com fundos de ameaça umas vezes discreta outras nem por isso com ameaças bem claras e feitas com relativo à vontade que visam o controle da equipa ou do indivíduo pela via da coacção psicológica.
São variadíssimas as técnicas usadas, desde o ignorar de toda ou qualquer actividade que as pessoas desenvolvam, sem palavras de incentivo pelo bom trabalho desenvolvido, valorizando unicamente o que é negativo e dando especial ênfase a estes aspectos, levando com isto a que os elementos da equipa vivam frequentemente sentimentos de perda, frustração, desvalorização pessoal, sentimentos de culpa já que nos climas organizacionais actuais se cultiva o miserabilismo da profissão, coagindo as pessoas a agir por culpa como se o facto de elas não realizarem determinadas actividades como alguém idealizou fosse algo terrífico e altamente condenável... joga-se com a culpa, com a castração de ideias, joga-se com a liberdade/autonomia, com o livre arbítrio.
Os serviços padecem de pessoas que ajudem a sua equipa a crescer em liberdade, que acompanhem e promovam a melhoria dos cuidados assente numa plataforma de bem estar, cooperação, dialogo e flexibilidade responsável.
Das muitas conversas que se ouve entre enfermeiros, fica-se com a impressão que as organizações de saúde são geridas por pessoas que pouco valorizam o recurso mais precioso que uma organização de saúde tem: Os recursos humanos. As pessoas não são descartáveis, não são robots que se possam programar e manipular a seu belo prazer. As pessoas têm sentimentos, emoções, vontade própria, motivações pessoais, têm sonhos, têm família, têm amor para dar e receber. Estas pessoas podem adoecer do corpo e da alma. Estar constantemente sujeito a climas de trabalho doentios leva à exaustão profissional.
Ninguém pode cuidar dos outros se não tiver condições mínimas para cuidar de si. Uma pessoa doente não cuidará bem de outras pessoas doentes.
As unidade de saúde não podem continuar ser cemitérios de talentos que um dia tiveram sonhos que foram enterrados por aqueles que deveriam de ajudar a concretizar esses sonhos.
Deixo aqui alguns artigos sobre mobbing:
Mobbing - Agressão Psicológica no Trabalho
http://pt.slideshare.net/hfevolution/mobbing-agresso-psicolgica-no-trabalho
“Mobbing” (Assédio Psicológico) no Trabalho: Uma Síndrome Psicossocial Multidimensional http://www.scielo.br/pdf/ptp/v22n2/a08v22n2.pdf
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