quinta-feira, 11 de setembro de 2025

CATETER VENOSO CENTRAL - VIA PRÓXIMAL

💡 A via proximal de um cateter venoso central, por estar mais afastada da extremidade intravascular do cateter, tem menor probabilidade de ser influenciada por bolus ou infusões rápidas administradas nas outras vias. Isso significa:

• Menor risco de interações medicamentosas imediatas, especialmente com fármacos vasoativos que têm efeitos rápidos e potencialmente perigosos.

• Maior estabilidade da concentração plasmática dos medicamentos administrados nessa via.

• Redução do risco de picos de concentração causados por deslocamentos de fluxo ou refluxo de outras vias.

Este isolamento funcional da via proximal torna-a ideal para drogas vasoativas, cuja administração exige precisão, estabilidade e controlo hemodinâmico rigoroso. É uma camada adicional de segurança que muitas vezes passa despercebida, mas que pode fazer toda a diferença em contextos críticos.

📌 Quando falamos em maior estabilidade da perfusão na via proximal do cateter venoso central, estamos a referir-nos à consistência e previsibilidade da administração contínua de fármacos, especialmente os vasoativos. Eis porquê:

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⚙️ 1. Menor interferência de bolus ou flushes.

Como a via proximal está mais afastada da extremidade intravascular, não sofre o impacto direto de bolus ou lavagens feitas noutras vias. Isso evita variações súbitas na concentração do fármaco vasoativo, que poderiam causar flutuações hemodinâmicas indesejadas.

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🧪 2. Menor risco de refluxo ou mistura de soluções.

A posição mais externa da via proximal reduz o risco de refluxo de soluções administradas nas vias medianas ou distais, que poderiam alterar a taxa de perfusão ou provocar interações medicamentosas.

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⏱️ 3. Perfusão mais controlada e previsível.

Ao estar isolada funcionalmente, a via proximal permite uma administração contínua e estável, sem interferências externas. Isto é crucial para fármacos como noradrenalina, onde pequenas variações de dose podem ter grandes efeitos clínicos.

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Em suma, a estabilidade da perfusão na via proximal traduz-se em segurança terapêutica, controlo hemodinâmico eficaz e redução de riscos iatrogénicos.

Este post em:

https://enfermagemcuidadosintensivos.blogspot.com/2025/09/cateter-venoso-central-via-proximal.html

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Referências:

1. Artmed – Administração segura de drogas vasoativas

Este artigo detalha os cuidados na administração de DVAs em contexto de UTI, destacando a importância do acesso venoso central e da monitorização rigorosa. Sublinha que erros na administração podem causar lesões iatrogénicas graves e que a escolha da via influencia diretamente a estabilidade hemodinâmica do paciente.

👉 Ler artigo completo na Artmed

2. Protocolo de Uso de Drogas Vasoativas – Hospital Regional do Litoral (PR)

Este protocolo clínico recomenda expressamente o uso de acesso venoso central para administração de DVAs como noradrenalina, dopamina e adrenalina. A via proximal é preferida pela sua posição mais segura e menos sujeita a interferências de outras infusões.

👉 Consultar protocolo da UTI

3. Enfermagem Florence – Cuidados com drogas vasoativas

Reforça a necessidade de técnica asséptica, rotulagem das vias e escolha criteriosa do lúmen para cada tipo de medicação, especialmente em pacientes críticos.

👉 Ver conteúdo educativo

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