terça-feira, 3 de maio de 2016

HIPO E HIPERTIROIDISMO... DIAGRAMA COM DIFERENÇAS...



HIPO E HIPERTIROIDISMO... DIFERENÇAS




A TIRÓIDE 
A tiróide é uma pequena glândula que mede cerca de 5 cm de diâmetro situada no pescoço sob a pele e por baixo da maçã-de-adão. As duas metades (lobos) da glândula estão ligadas na parte central (istmo), de tal maneira que parecem a letra H ou um nó de lacinho. Normalmente a glândula tiróide não se consegue ver e mal se pode palpar. Só no caso de aumentar de volume pode o médico palpá-la facilmente como uma protuberância proeminente (bócio) que aparece por baixo ou aos lados da maçã-de-adão.

A glândula tiróide segrega as hormonas tiróideas, que controlam a velocidade das funções químicas do corpo (velocidade metabólica). As hormonas da tiróide têm dois efeitos sobre o metabolismo; estimular quase todos os tecidos do corpo a produzir proteínas e aumentar a quantidade de oxigénio que as células utilizam. Quando as células trabalham mais intensamente, os órgãos do corpo trabalham mais depressa.

Para produzir hormonas tiróideas, a glândula tiróide precisa de iodo, um elemento que os alimentos e a água contêm. Esta glândula concentra o iodo e processa-o no seu interior. Quando as hormonas tiróideas se consomem, um pouco do iodo contido nas hormonas volta à glândula tiróide e é reciclado para produzir mais hormonas.

O organismo serve-se de um mecanismo complexo para ajustar a concentração de hormonas tiróideas presente em cada momento. Em primeiro lugar, o hipotálamo, localizado no cérebro sob a hipófise, segrega a hormona libertadora de tirotropina, a qual faz com que a hipófise produza a hormona estimulante da tiróide, ou tirotropina. Tal como o nome sugere, esta estimula a glândula tiróide para produzir hormonas tiróideas. Quando a quantidade de hormonas tiróideas circulantes no sangue atinge uma certa concentração, a hipófise reduz a produção de hormona estimulante da tiróide. Quando esta concentração diminui, aumenta a produção de hormona estimulante (mecanismo de controlo mediante retroalimentação negativa).

As hormonas da tiróide encontram-se em duas formas. A tiroxina (T4), que é a forma produzida na glândula tiróide, tem apenas um efeito ligeiro na aceleração da velocidade dos processos metabólicos do corpo. A tiroxina converte-se no fígado e outros órgãos numa forma metabolicamente activa, a triiodotironina (T3). Esta conversão produz aproximadamente 80 % da forma activa da hormona; os 20 % restantes são produzidos e segregados pela mesma glândula tiróide. Muitos factores controlam a conversão de T4 em T3 no fígado e nos outros órgãos, incluindo as necessidades do organismo em cada momento. A maior parte das formas T4 e T3 une-se a certas proteínas no sangue e é activa apenas quando não estiver ligada a elas. Deste modo singular, o organismo mantém a quantidade correcta de hormonas tiróideas, necessária para conservar uma velocidade metabólica estável.

Para que a glândula tiróide funcione normalmente, é necessário que muitos factores actuem muito estreitamente: o hipotálamo, a hipófise, as proteínas transportadoras de hormona tiróidea (do sangue) e a conversão, no fígado e nos outros tecidos, de T4 a T3.

O hipotiroidismo é uma afecção em que a glândula tiróide tem um funcionamento anómalo e produz muito pouca quantidade de hormona tiróidea. O hipotiroidismo muito grave denomina-se mixedema.

O hipertiroidismo, uma perturbação em que a glândula tiróide está hiperactiva, desenvolve-se quando a tiróide produz demasiada quantidade de hormonal.


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