CAUSAS
O enfarte agudo de miocárdio ocorre geralmente
quando a obstrução de uma artéria coronária restringe gravemente ou interrompe
o fornecimento de sangue a uma região do coração. Se o fornecimento é
interrompido ou reduzido significativamente durante mais do que alguns minutos,
o tecido cardíaco é destruído.
A causa mais frequente de obstrução de uma
artéria coronária é um coágulo sanguíneo. Geralmente, a artéria já está
parcialmente estreitada por ateromas. Um ateroma pode rebentar ou rasgar-se e
criar mais obstrução, o que provoca a formação de um coágulo. O ateroma
rebentado não só diminui o fluxo de sangue através de uma artéria, mas também
faz com que as plaquetas se tornem mais aderentes e isso aumenta ainda mais a
formação de coágulos.
Uma causa não frequente de enfarte é um
coágulo que provenha do próprio coração. Às vezes, forma-se no coração um
coágulo (êmbolo), que se desprende e se fixa numa artéria coronária. Outra
causa não frequente é um espasmo de uma artéria coronária que interrompa o
fluxo sanguíneo. Os espasmos podem ser causados por drogas como a cocaína ou
pelo consumo de tabaco, mas às vezes a causa é desconhecida.
SINTOMAS
Aproximadamente duas em cada três pessoas que
têm enfarte referem ter tido angina de peito intermitente, dispneia ou fadiga
poucos dias antes. Os episódios de dor podem tornar-se mais frequentes,
inclusive com um esforço físico cada vez menor. A angina instável pode acabar
num enfarte. De um modo geral, o sintoma mais típico é a dor no meio do peito
que se estende às costas, ao maxilar, ao braço esquerdo ou, com menor
frequência, ao braço direito. A dor pode aparecer numa ou em várias destas
localizações e, pelo contrário, não no peito. A dor de um enfarte é semelhante
à da angina de peito, mas é, geralmente, mais intensa, dura mais tempo e não se
acalma com o repouso ou com a administração de nitroglicerina. Com menos
frequência, a dor sente-se no abdómen e pode confundir-se com uma indigestão,
sobretudo porque o arroto pode aliviá-la de forma parcial ou transitória.
Outros sintomas incluem uma sensação de
desfalecimento e de um forte martelar do coração. Os batimentos irregulares
(arritmias) podem interferir gravemente com a capacidade de bombeamento do
coração ou provocar a interrupção do mesmo (paragem cardíaca), conduzindo à
perda de consciência ou à morte.
Durante um enfarte, o doente pode sentir-se
inquieto, suado, ansioso e experimentar uma sensação de morte iminente. Há
casos em que os lábios, as mãos ou os pés se tornam ligeiramente azuis
(cianose). Também pode observar-se desorientação nos idosos.
Apesar de todos estes possíveis sintomas, uma
em cada cinco pessoas que sofrem um enfarte até têm sintomas ligeiros ou mesmo
absolutamente nenhum. Pode acontecer que este enfarte silencioso só seja
detectado algum tempo depois, ao efectuar-se um electrocardiograma (ECG) por
qualquer outro motivo.
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