terça-feira, 30 de setembro de 2025

GABAPENTINA NA HÉRNIA LOMBAR

🔍 Gabapentina na hérnia lombar — quando faz sentido?

A hérnia discal lombar pode provocar dor neuropática quando comprime raízes nervosas. Nestes casos, a gabapentina pode ser uma aliada valiosa:

✅ Alivia dor irradiada (ciática), formigueiro e sensação de queimadura

✅ Modula a excitabilidade dos nervos comprimidos

✅ Reduz a libertação de neurotransmissores excitatórios

✅ Melhora o sono e a qualidade de vida

⚠️ Não trata a hérnia em si, mas reduz o sofrimento associado à compressão nervosa.

📌 Indicado em casos com componente neuropático — não em dor puramente mecânica.

🧠 Atua nos canais de cálcio voltagem-dependentes, acalmando os circuitos de dor.

A gabapentina atua no controle da dor neuropática por meio de um mecanismo indireto e ainda não totalmente compreendido, mas bastante eficaz em muitos casos. Eis como ela funciona:

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⚙️ Mecanismo de ação na dor neuropática

• Ligação à subunidade α2δ dos canais de cálcio:

A gabapentina não se liga aos recetores GABA, apesar de ser um análogo estrutural. Em vez disso, ela se liga à subunidade α2δ dos canais de cálcio voltagem-dependentes localizados nos neurônios do sistema nervoso central.

• Redução da libertação de neurotransmissores excitatórios:

Essa ligação inibe a entrada de cálcio nos terminais nervosos, o que reduz a libertação de neurotransmissores como glutamato, noradrenalina e substância P — todos envolvidos na transmissão da dor.

• Modulação da excitabilidade neuronal:

Ao diminuir a atividade dos neurônios hiperexcitáveis, a gabapentina ajuda a “acalmar” o sistema nervoso, reduzindo os sinais erráticos de dor que caracterizam a dor neuropática.

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🔬 Por que isso é relevante na dor neuropática?

A dor neuropática resulta de uma lesão ou disfunção nos nervos, levando a uma ativação exagerada ou desregulada dos circuitos de dor. A gabapentina atua como um “modulador” dessa hiperatividade, sem bloquear completamente os sinais, mas suavizando sua intensidade e frequência.

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🧠 Comparação com outros analgésicos

• Não atua como anti-inflamatório ou opioide.

• Tem efeito mais gradual, sendo ideal para dor crônica persistente como:• Neuropatia diabética

• Neuralgia pós-herpética

• Dor central após AVC ou lesão medular

#Gabapentina #DorNeuropática #HérniaLombar #Ciática #EnfermagemPortugal #CuidadosIntensivos #Farmacologia #EducaçãoEmSaúde #TeraMixApp #Neurociência #DorCrónica

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📚 Referências:

1. Buffon et al. Uso de Gabapentina para o Tratamento da Dor Neuropática: Revisão da Literatura. Arquivos Catarinenses de Medicina, 2022. 🔗 Link

2. Moura Pereira & Costa e Silva. O papel dos gabapentinóides na dor neuropática. Acta Farmacêutica Portuguesa, 2023. 🔗 Link

3. Cochrane Review. Gabapentina para dor neuropática crónica em adultos. 🔗 Link

ASSOCIAÇÃO NORADRENALINA/VASOPRESSINA

A associação de vasopressina à noradrenalina ocorre principalmente em contextos de choque séptico refratário, quando a noradrenalina isoladamente não é suficiente para manter uma pressão arterial média (PAM) adequada. Eis as principais circunstâncias e racionalidades clínicas:

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🧠 Indicações para adicionar vasopressina à noradrenalina

• Choque séptico com PAM < 65 mmHg, apesar de doses crescentes de noradrenalina.

• Dose de noradrenalina ≥ 0,5 a 1,0 mcg/kg/min: muitos protocolos consideram esse limiar para iniciar vasopressina.

• Evitar efeitos adversos da noradrenalina em altas doses, como isquemia periférica ou down-regulation de receptores adrenérgicos.

• Sinergismo farmacológico: a vasopressina atua em receptores V1a, promovendo vasoconstrição sem depender dos receptores adrenérgicos, o que complementa a ação da noradrenalina B.

• Possível benefício renal: estudos investigam se a introdução precoce de vasopressina (com noradrenalina ≥ 0,25 mcg/kg/min) pode reduzir a necessidade de técnicas de substituição renal nos primeiros dias de UTI.

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💉 Doses típicas

• Noradrenalina: iniciada geralmente entre 0,05–0,1 mcg/kg/min.

• Vasopressina: dose fixa entre 0,01–0,04 unidades/min, sem titulação frequente.

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⚠️ Considerações práticas

• A vasopressina não é titulada como a noradrenalina, o que facilita sua administração mas exige atenção aos efeitos adversos (isquemia esplâncnica, coronariana, plaquetopenia).

• A decisão de qual droga suspender primeiro após estabilização hemodinâmica ainda é controversa. Estudos mostram resultados divergentes quanto à hipotensão após retirada de uma ou outra 

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Referencias:

1. Naves, J.M.T.P.M. (2024) – Vasopressin in refractory septic shock: a retrospective analysis• Estudo realizado no Hospital Garcia de Orta (Portugal) com pacientes em choque séptico tratados com noradrenalina ± vasopressina.

• Resultados: vasopressina reduziu as necessidades de noradrenalina em até 54,5% nas primeiras 24h, sem aumento de eventos adversos.

🔗 Ver estudo

2. Honorato, A.A. & Bittencourt, F.P. (Brasil) – Noradrenalina associada à vasopressina vs noradrenalina isolada no choque séptico: revisão sistemática• Revisão de 12 ensaios clínicos randomizados + 1 meta-análise.

• Conclusão: associação segura, com redução da necessidade de TRS e melhora da perfusão tecidual.

🔗 Ver revisão

3. Portal Afya (2021) – Choque Séptico Refratário: quando e como utilizar a Vasopressina?• Artigo clínico explicando o racional fisiopatológico da vasopressina como segunda linha após falha da noradrenalina.

• Destaca o papel da vasoplegia, acidose láctica e downregulation dos receptores adrenérgicos.

🔗 Ver artigo

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

MODO ASV - VENTILAÇÃO DE SUPORTE ADAPTATIVO

🫁 Modo ASV — Ventilação de Suporte Adaptativa

O ASV é um modo de ventilação automatizado e adaptativo, desenvolvido para ajustar dinamicamente os parâmetros ventilatórios com base na mecânica respiratória do doente e no seu esforço ventilatório. Está disponível em ventiladores da Hamilton Medical e é amplamente utilizado em unidades de cuidados intensivos.

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⚙️ Princípios de funcionamento

• Volume minuto alvo (%MinVol): O operador define um volume minuto desejado, expresso em percentagem, com base no peso corporal ideal (IBW). O ventilador calcula automaticamente a combinação óptima de frequência respiratória e volume corrente para atingir esse alvo com mínimo trabalho respiratório.

• Adaptação contínua: O ASV monitoriza em tempo real a complacência pulmonar, resistência das vias aéreas e esforço espontâneo, ajustando os parâmetros para manter uma ventilação segura e eficaz.

• Transição automática entre controlo e suporte: O modo adapta-se ao nível de consciência e esforço do doente, permitindo uma transição fluida entre ventilação controlada e espontânea, sem necessidade de mudança manual de modo.

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🛡️ Estratégias de protecção pulmonar

O algoritmo do ASV incorpora regras de segurança baseadas em evidência, incluindo:

• Prevenção de volutrauma e barotrauma através da limitação de volumes e pressões.

• Evita hiperventilação de espaço morto e auto-PEEP.

• Promove padrões respiratórios fisiológicos, como respiração lenta e profunda, sempre que possível.

• Ajusta automaticamente o tempo inspiratório e a relação I:E conforme a mecânica respiratória.

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🧪 Aplicações clínicas

• Desmame ventilatório progressivo, com redução gradual do suporte conforme o doente recupera capacidade ventilatória.

• Ventilação prolongada, onde a adaptação contínua reduz o risco de complicações.

• Doentes com variabilidade respiratória significativa, como em estados pós-operatórios ou neurológicos.

⚠️ Contra-indicações relativas incluem:

• Apneia central do sono com padrão irregular.

• Situações de hiperventilação voluntária (ex: ansiedade extrema).

• Necessidade de controlo rigoroso de parâmetros específicos (ex: em ARDS grave com estratégia de ventilação protetora ultra-controlada).

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🖥️ Interface e parametrização

• Introdução da altura e sexo para cálculo automático do IBW.

• Definição do %MinVol (ex: 100% para doente estável, 120% para estados hipermetabólicos).

• O ventilador ajusta automaticamente VT, FR, Ti, PEEP e FiO₂ conforme a evolução clínica.

Referências:

1. Hamilton Medical – Adaptive Support Ventilation (ASV): Página oficial da Hamilton com detalhes sobre o funcionamento, princípios de segurança e aplicações clínicas do ASV.

2. EMCrit – Adaptive Support Ventilation (ASV): Revisão técnica por intensivistas, com insights sobre parametrização, limitações e evidência científica associada ao ASV.

3. YouTube – ASV: Ventilação com suporte adaptativo (Prof. Alexandre Ambrozin): Vídeo introdutório em português com explicações práticas sobre o modo ASV nos ventiladores Hamilton.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

MODO VNI-ST

 O que é o modo VNI-ST?

O modo VNI-ST (Ventilação Não Invasiva – Espontâneo/Temporizado) é um dos mais utilizados na ventilação não invasiva, especialmente em doentes com insuficiência respiratória crónica agudizada, como na DPOC, ou em contextos de desmame ventilatório. 

ST = Spontaneous/Timed

Este modo combina respirações espontâneas com ciclos temporizados garantidos pelo ventilador.

• O paciente inicia a inspiração espontaneamente.

• O tempo inspiratório (Ti) é controlado pelo ventilador.

• Se o paciente não iniciar uma respiração dentro de um intervalo definido, o ventilador dispara um ciclo mandatório.

• Garante uma frequência respiratória mínima.

⚙️ Parâmetros típicos configuráveis:

IPAP (Pressão Inspiratória) - Apoio ventilatório durante a inspiração;

EPAP (Pressão Expiratória) - Equivalente ao PEEP, mantém alvéolos abertos; 

Frequência de backup - Número mínimo de respirações por minuto ;

Tempo inspiratório (Ti) - Duração da fase inspiratória nos ciclos mandatórios; 

Trigger - Define o esforço mínimo necessário para iniciar um ciclo; 


🩺 Aplicações clínicas

• DPOC agudizada com hipercapnia

• Síndrome de hipoventilação da obesidade

• Doentes neuromusculares com falência ventilatória progressiva

• Desmame da ventilação invasiva, quando se pretende manter suporte parcial

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🔍 Vantagens

• Mantém a autonomia respiratória do paciente

• Reduz o risco de apneias prolongadas

• Permite sincronização com o esforço do paciente

• Garante ventilação mínima mesmo em períodos de fadiga

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⚠️ Pontos de atenção

• Assincronias podem ocorrer se o tempo inspiratório ou sensibilidade do trigger não estiverem bem ajustados.

• A fuga na interface pode comprometer a eficácia e leitura dos parâmetros.

• Monitorizar EtCO₂, SpO₂ e esforço respiratório é essencial para ajustar o modo com precisão.

Referencias:

1. Ventilação Não Invasiva na Insuficiência Respiratória Aguda

Raquel Alexandra Carneiro de Oliveira – Universidade do Porto

Artigo de revisão bibliográfica - Explora os efeitos fisiológicos da VNI, indicações clínicas, critérios de sucesso e modalidades como ST, S e T.

2. Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna

Revista Medicina Interna, vol. 25, n.º 1, Lisboa, 2018

Estudo clínico retrospetivo - Avalia a eficácia da VNI-ST em diferentes patologias, com destaque para DPOC, hipoventilação por obesidade e pneumonia.

3. Recomendações da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP)

Documento técnico da SPP - Inclui orientações sobre VNI-ST em contexto agudo e crónico, com parâmetros recomendados e escalonamento terapêutico.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

MURCOMICOSE

A murcomicose (ou mucormicose) é uma infeção fúngica invasiva, rara e agressiva, causada por fungos da ordem Mucorales, como os géneros Rhizopus, Mucor e Rhizomucor, predominando em doentes imunocomprometidos, especialmente em contexto de cuidados intensivos[msdmanuals +2].

Definição e Contexto Clínico

A murcomicose é uma infeção oportunista, frequentemente letal, associada a imunossupressão, diabetes mellitus descompensada (notadamente em cetoacidose), transplantados, doentes onco-hematológicos, e uso prolongado de corticosteroides ou outros imunossupressores[wikipedia +2]. Em ambiente de cuidados intensivos, merece particular atenção devido à sua rápida evolução e elevada morbimortalidade.

Formas de Apresentação

👉 Rinocerebral: a mais prevalente nos cuidados intensivos, inicia-se na mucosa nasal com progressão rápida para seios perinasais, órbita e encéfalo. Manifesta-se por febre, dor facial, edema periocular, necrose de mucosa e alterações neuro-oftalmológicas.

👉 Pulmonar: apresenta-se como pneumonia necrosante, mimetizando outras pneumonias fúngicas em doentes ventilados e imunodeprimidos.

👉 Cutânea, gastrointestinal e disseminada: mais raras, surgem por inoculação direta ou disseminação hematogénica, com quadros clínicos dependentes do órgão afetado.

Fisiopatologia e Sinais de Alarme

O mecanismo central é a angioinvasão pelas hifas fúngicas, originando trombose vascular, isquemia e necrose tecidular, fator responsável pelo aspeto escurecido (“fungo preto”)[spoftalmologia +1]. A evolução é fulminante, exigindo elevada suspeição clínica em doentes de risco com sinais de necrose, infeção facial rápida, envolvimento orbitário ou deterioração súbita do estado geral.

Diagnóstico

Envolve avaliação clínica, imagiologia (TC/IRM), obtenção de biópsia tecidular e confirmação histopatológica de hifas largas, não septadas, ramificadas em ângulo reto, com cultura positiva apenas em cerca de metade dos casos.

Tratamento

Inclui reversão dos fatores predisponentes, desbridamento cirúrgico agressivo de tecido necrótico e terapêutica antifúngica endovenosa, sendo a anfotericina B lipossómica o agente de eleição. A mortalidade permanece elevada, mesmo com tratamento adequado.

Referencias:

Manual MSD Profissional. “Mucormicose – Doenças Infecciosas.” Manual MSD, atualizado em 2023. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/mucormicose

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. “Mucormicose Rino-Cerebral: Caso Clínico e Revisão de Literatura.” Revista SPO, 2011. Disponível em: https://www.spoftalmologia.pt/wp-content/uploads/2011/12/revista_spo_n4_2011_pp.355-359.pdf [spoftalmologia]

SEER/UFAL. “Mucormicose rino-orbito-cerebral em paciente.” Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/gepnews/article/download/15469/10594/60896

Sociedade Portuguesa de Nefrologia. “Mucormicose pulmonar num doente transplantado renal.” Disponível em: https://www.spnefro.pt/_doi/369ac2a7-70c9-40e7-bd1f-c520a3a70233/20b7acf9-4ad4-4c83-848f-e484ec12da33

PMC. “Mucormicose em pacientes pós COVID-19.” 2022. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9461072/

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domingo, 21 de setembro de 2025

BIS

BIS

A monitorização BIS (Índice Bispectral) tem vindo a ganhar destaque nos cuidados intensivos, especialmente em contextos de sedação, neurocríticos e monitorização do sono. Eis os principais pontos que sublinham a sua importância:

🧠 O que é o BIS?

• O BIS é um índice numérico (0 a 100) derivado da análise do eletroencefalograma (EEG), que reflete o nível de consciência do paciente.

• Valores abaixo de 60 indicam sedação profunda; valores próximos de 100 indicam plena consciência A B.

🩺 Aplicações em Cuidados Intensivos

• Avaliação da sedação: Permite ajustar a dose de sedativos com maior precisão, evitando tanto a sub-sedação (risco de agitação ou dor) como a sobre-sedação (risco de depressão respiratória e prolongamento da ventilação mecânica).

• Monitorização de doentes neurocríticos: Útil em casos de traumatismo craniano, estado de mal epilético, coma induzido ou encefalopatia. O BIS ajuda a avaliar a atividade cortical residual e a resposta ao tratamento.

• Deteção de morte encefálica: Em alguns contextos, o BIS pode complementar outros métodos ao mostrar ausência de atividade cerebral (valor próximo de 0).

• Monitorização do sono: Está a ser explorado como alternativa à polissonografia para avaliar a qualidade do sono em doentes críticos, especialmente em UTIs onde a privação de sono é comum.

Vantagens

• Não invasivo e contínuo: O BIS é recalculado a cada meio segundo, oferecendo uma leitura dinâmica do estado cerebral.

• Redução de complicações: Estudos mostram que o uso do BIS pode reduzir o tempo de extubação, acelerar a alta da UCI e melhorar o prognóstico.

• Facilita decisões clínicas: Ajuda na titulação de fármacos, na avaliação da resposta neurológica e na gestão de estados de consciência alterados.

📌 Considerações práticas

• A interpretação do BIS deve ser contextualizada com outros parâmetros clínicos e neurológicos.

• Pode ser influenciado por artefactos ou condições como hipotermia, hipoglicemia ou uso de bloqueadores neuromusculares.

Referencias:

1. Universidade Católica Portuguesa – Revisão sobre BIS em doentes neurocríticos

Estudo académico que explora o uso do BIS na avaliação da sedação e atividade cortical em doentes críticos.

👉 Ver documento PDF

2. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde – BIS na UTI Covid

Artigo original que analisa a eficácia do BIS na sedoanalgesia e destaca o papel do farmacêutico clínico.

👉 Ler artigo completo

3. Revista Ocronos – Monitorização BIS em UCI

Revisão técnica sobre o funcionamento do BIS, indicações clínicas e vantagens na prática diária em unidades intensivas.

👉 Aceder ao artigo

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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

CVVHD – Hemodiálise Venovenosa Contínua

🩺 CVVHD – Hemodiálise Venovenosa Contínua

🔬 O que é?

Terapia renal substitutiva contínua, indicada em doentes críticos com instabilidade hemodinâmica.


⚙️ Como funciona?

• Remoção de solutos por difusão

• Uso de dialisato

• Acesso por cateter venoso central

• Depuração gradual e segura


✅ Indicações:

• Choque séptico

• Lesão renal aguda com falência multiorgânica

• Edema pulmonar grave

• Intolerância à diálise intermitente


🧠 CVVHD = Segurança + Estabilidade + Eficiência em doentes críticos

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Riscos e precauções na administração de flumazenilo

⚠️ Riscos e precauções na administração de flumazenilo

A administração de flumazenilo, embora eficaz como antídoto para benzodiazepínicos, envolve riscos importantes que exigem cautela clínica. Eis os principais:

1. Convulsões

• Pode precipitar crises convulsivas, especialmente em pacientes com histórico de epilepsia ou que fizeram uso prolongado de benzodiazepínicos.

• Também é perigoso em casos de intoxicação mista (ex.: benzodiazepínicos + antidepressivos tricíclicos), onde o risco de convulsão é elevado.

2. Síndrome de abstinência

• A reversão abrupta dos efeitos dos benzodiazepínicos pode causar sintomas de abstinência: ansiedade, agitação, tremores, taquicardia e até delírio B.

• Isso é mais comum em pacientes que usam benzodiazepínicos cronicamente.

3. Re-sedação

• O efeito do flumazenilo é mais curto do que o de muitos benzodiazepínicos. Isso pode levar à re-sedação após o término da ação do antídoto B.

• Pode ser necessário repetir doses ou iniciar infusão contínua.

4. Hiperventilação e alterações respiratórias

• Embora o objetivo seja restaurar a respiração espontânea, há risco de instabilidade respiratória se o paciente não estiver totalmente recuperado.

5. Reações adversas gerais

• Náuseas, tonturas, cefaleia, rubor facial e ansiedade são efeitos colaterais comuns.

• Em alguns casos, pode ocorrer arritmia cardíaca ou alterações na pressão arterial B.

🧠 Considerações clínicas

• Deve ser administrado com monitorização contínua.

• É contraindicado em intoxicações mistas e em pacientes com risco elevado de convulsão.

Referencias:

1. INDICE.eu – Flumazenilo: Informação Geral

Detalha o mecanismo de ação, indicações clínicas e precauções na administração, incluindo riscos como convulsões e re-sedação.

Consulta a ficha técnica completa

2. Revista Enfermagem UERJ – Fatores relacionados à utilização de flumazenil em pacientes hospitalizados

Estudo observacional que analisa interações medicamentosas e eventos adversos em pacientes que receberam flumazenilo.

Acesso ao artigo científico

3. Anais do EAEX – O uso do flumazenilo como gatilho de reações adversas

Relatório de farmacovigilância que identifica o flumazenilo como marcador de reações adversas em contexto hospitalar.

Consulta ao estudo completo

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

FILTRO PARA HEMOPERFUSÃO PARA DOENTES COM INTOXICAÇÃO

Filtro de hemoperfusão utilizado para remover substâncias tóxicas do sangue.

🩸 O que é a hemoperfusão?

A hemoperfusão é uma técnica de purificação do sangue em que este passa por um cartucho cheio de adsorventes, como carvão ativado ou resinas específicas, que capturam toxinas, medicamentos ou outras moléculas indesejadas. É especialmente útil em casos como:

• Intoxicações agudas (por medicamentos ou venenos)

• Doenças hepáticas ou renais graves

• Síndromes inflamatórias sistémicas, como sepsis

• Remoção de citocinas em terapias imunomoduladoras

⚙️ Sobre o modelo HA230

O HA230 é um dos modelos mais utilizados em ambientes hospitalares. Algumas das suas características incluem:

• Alta capacidade de adsorção para moléculas médias e grandes

• Compatibilidade com sistemas de hemodiálise e hemofiltração

• Uso único (descartável) para garantir segurança e evitar contaminações

• Aplicações em cuidados intensivos, especialmente em pacientes críticos

🏥 Onde é usado?

Este tipo de filtro é comum em unidades de cuidados intensivos, nefrologia, toxicologia clínica e até em alguns protocolos de tratamento para COVID-19, quando há necessidade de controlar “tempestades” de citocinas.

Referências:

🔬 Sobre o cartucho HA230 da Jafron

• A página oficial da Jafron Biomedical detalha as propriedades do cartucho HA230, incluindo sua aplicação em casos de intoxicação aguda, exposição química e doenças críticas.

• A ficha técnica da Medcorp descreve os materiais adsorventes usados (resinas macroporosas), a estrutura 3D das esferas internas e os tipos de moléculas que podem ser removidas, como citocinas, bilirrubinas e toxinas ligadas a proteínas.

• O site ICU Works apresenta especificações técnicas do HA230, como o volume de adsorvente (230 mL), o tipo de polímero utilizado (copolímero de estireno-divinilbenzeno) e sua eficácia na remoção de venenos, medicamentos e biotoxinas.

domingo, 14 de setembro de 2025

DROGAS COMPATÍVEIS PARA CORRER EM Y COM BICARBONATO DE SODIO EM TERAMIXAPP®

A compatibilidade terapêutica entre fármacos é um pilar essencial na segurança e eficácia dos tratamentos intravenosos. A administração simultânea de medicamentos por via endovenosa — especialmente em “Y” — exige conhecimento rigoroso sobre possíveis interações físico-químicas, que podem comprometer a estabilidade das soluções, causar precipitações ou até reações adversas graves.

É neste contexto que uma aplicação como a TeraMixApp®, se torna uma ferramenta indispensável para profissionais de saúde. Ao reunir informações atualizadas sobre diluições, compatibilidades e incompatibilidades terapêuticas, a app permite decisões clínicas mais seguras, rápidas e fundamentadas. Com uma interface intuitiva e conteúdo técnico validado, TeraMixApp® reduz o risco de erros na administração de medicamentos e promove uma prática farmacológica mais eficiente e confiável.

Num ambiente hospitalar onde cada segundo conta, ter acesso imediato a este tipo de informação pode literalmente salvar vidas.


FILTRO PARA HEMOPERFUSÃO PARA DOENTES EM CHOQUE SÉPTICO

FILTRO PARA HEMOPERFUSÃO PARA DOENTES EM CHOQUE SÉPTICO

🩸 Hemoperfusão e Hemodiálise: Funcionamento Técnico

🔬 Hemoperfusão com cartucho adsorvente

A hemoperfusão é uma técnica de depuração extracorpórea que consiste na passagem do sangue total por um cartucho contendo um material adsorvente — geralmente resina polimérica ou carvão activado — com elevada afinidade para moléculas de médio e elevado peso molecular, como:

• Endotoxinas bacterianas

• Citocinas pró-inflamatórias (ex.: IL-6, TNF-α)

• Fármacos ou toxinas exógenas

⚙️ Mecanismo de acção:

• O sangue é extraído por acesso vascular (venoso central ou fístula arteriovenosa).

• Circula por um circuito extracorpóreo que inclui o cartucho de hemoperfusão.

• As moléculas alvo são adsorvidas pela matriz interna do cartucho, sem afectar os componentes celulares do sangue.

• O sangue é posteriormente devolvido ao paciente, com menor carga inflamatória e tóxica.

Este método é particularmente útil em casos de sépsis refractária, síndrome de resposta inflamatória sistémica (SIRS), ou intoxicações agudas.

🛡️ Aplicação bacteriológica

Em contexto infeccioso grave, como choque séptico, a combinação de hemoperfusão com hemodiálise pode:

• Reduzir a carga de endotoxinas circulantes

• Modular a resposta inflamatória sistémica

• Prevenir ou mitigar falência multiorgânica

• Melhorar a hemodinâmica e oxigenação tecidular

Referências:

1. Manual de Boas Práticas de Hemodiálise – Ministério da Saúde (Portugal)

Este manual descreve detalhadamente os equipamentos, técnicas dialíticas e critérios de segurança aplicados em unidades de hemodiálise em Portugal. Inclui especificações sobre filtros, membranas e monitorização extracorpórea.

🔗 Consulta o manual completo aqui

2. Hemodiálise com Filtro de Hemoperfusão HA-330 – Ensaio Clínico (NCT05941624)

Estudo clínico comparativo entre hemodiálise convencional e hemodiálise com cartucho de hemoperfusão HA-330 em doentes com sépsis e disfunção renal. Avalia a eficácia na redução de mediadores inflamatórios.

🔗 Ver detalhes do ensaio clínico

3. Hemofiltração contínua e hemodiálise – MSD Manual Profissional

Fonte médica internacional que explica os princípios da terapia de substituição renal, incluindo hemofiltração contínua e técnicas venovenosas, com foco em pacientes hemodinamicamente instáveis.

🔗 Consulta médica especializada no MSD Manual

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

EMBOLIZAÇÃO VS. CLIPAGEM

🧠 EMBOLIZAÇÃO VS. CLIPAGEM CIRÚRGICA — Qual a melhor abordagem na HSA aneurismática?

A hemorragia subaracnoideia (HSA) causada pela ruptura de um aneurisma cerebral é uma emergência neurológica que exige decisão terapêutica rápida e precisa. Duas opções principais estão disponíveis: embolização endovascular e clipagem neurocirúrgica.

🔹 Embolização Endovascular

Procedimento minimamente invasivo, realizado por via endovascular, onde microespirais (coils) são colocadas dentro do aneurisma para o excluir da circulação.

✅ Menos invasiva

✅ Recuperação mais rápida

⚠️ Risco ligeiramente superior de ressangramento

🔹 Clipagem Cirúrgica

Cirurgia aberta ao crânio, onde um clip metálico é colocado na base do aneurisma para o ocluir.

✅ Menor risco de ressangramento

⚠️ Recuperação mais prolongada

⚠️ Maior invasividade

📊 A escolha entre os dois métodos depende de múltiplos fatores: localização e morfologia do aneurisma, estado clínico do doente, idade, comorbilidades e experiência da equipa médica.

🔍 Em doentes estáveis, a embolização tende a oferecer melhores resultados funcionais a curto prazo. Já em casos complexos, a clipagem continua a ser uma opção sólida e eficaz.

📌 Este conteúdo é partilhado com fins educativos e profissionais, no âmbito da app TeramixApp®, a melhor app sobre diluições e compatibilidades terapêuticas.

Podes conhecer aqui e registar aqui

Referencias:

1. Revisão Cochrane

Uma das fontes mais robustas sobre o tema. Esta revisão sistemática analisou quatro ensaios clínicos randomizados com 2.458 participantes.

Conclusão: A embolização endovascular mostrou melhores resultados funcionais em doentes estáveis, embora com risco ligeiramente superior de ressangramento.

🔗 Ver revisão Cochrane

2. Estudo da Universidade de Lisboa (2024)

Avaliação do impacto do tempo entre diagnóstico e tratamento, com análise comparativa entre complicações associadas à clipagem e à embolização.

Conclusão: Não houve diferença significativa no tempo de tratamento, mas o grupo submetido a embolização apresentou maior taxa de óbito à alta hospitalar.

🔗 Consultar estudo académico

3. Estudo BRAT (Barrow Ruptured Aneurysm Trial)

Ensaio clínico multicêntrico nos EUA que comparou segurança e eficácia da clipagem microcirúrgica versus embolização com bobinas.

Conclusão: A embolização teve menor morbidade inicial, mas a clipagem mostrou maior durabilidade angiográfica a longo prazo.

🔗 Ver registo do ensaio clínico

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

CATETER VENOSO CENTRAL - VIA PRÓXIMAL

💡 A via proximal de um cateter venoso central, por estar mais afastada da extremidade intravascular do cateter, tem menor probabilidade de ser influenciada por bolus ou infusões rápidas administradas nas outras vias. Isso significa:

• Menor risco de interações medicamentosas imediatas, especialmente com fármacos vasoativos que têm efeitos rápidos e potencialmente perigosos.

• Maior estabilidade da concentração plasmática dos medicamentos administrados nessa via.

• Redução do risco de picos de concentração causados por deslocamentos de fluxo ou refluxo de outras vias.

Este isolamento funcional da via proximal torna-a ideal para drogas vasoativas, cuja administração exige precisão, estabilidade e controlo hemodinâmico rigoroso. É uma camada adicional de segurança que muitas vezes passa despercebida, mas que pode fazer toda a diferença em contextos críticos.

📌 Quando falamos em maior estabilidade da perfusão na via proximal do cateter venoso central, estamos a referir-nos à consistência e previsibilidade da administração contínua de fármacos, especialmente os vasoativos. Eis porquê:

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⚙️ 1. Menor interferência de bolus ou flushes.

Como a via proximal está mais afastada da extremidade intravascular, não sofre o impacto direto de bolus ou lavagens feitas noutras vias. Isso evita variações súbitas na concentração do fármaco vasoativo, que poderiam causar flutuações hemodinâmicas indesejadas.

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🧪 2. Menor risco de refluxo ou mistura de soluções.

A posição mais externa da via proximal reduz o risco de refluxo de soluções administradas nas vias medianas ou distais, que poderiam alterar a taxa de perfusão ou provocar interações medicamentosas.

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⏱️ 3. Perfusão mais controlada e previsível.

Ao estar isolada funcionalmente, a via proximal permite uma administração contínua e estável, sem interferências externas. Isto é crucial para fármacos como noradrenalina, onde pequenas variações de dose podem ter grandes efeitos clínicos.

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Em suma, a estabilidade da perfusão na via proximal traduz-se em segurança terapêutica, controlo hemodinâmico eficaz e redução de riscos iatrogénicos.

Este post em:

https://enfermagemcuidadosintensivos.blogspot.com/2025/09/cateter-venoso-central-via-proximal.html

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Referências:

1. Artmed – Administração segura de drogas vasoativas

Este artigo detalha os cuidados na administração de DVAs em contexto de UTI, destacando a importância do acesso venoso central e da monitorização rigorosa. Sublinha que erros na administração podem causar lesões iatrogénicas graves e que a escolha da via influencia diretamente a estabilidade hemodinâmica do paciente.

👉 Ler artigo completo na Artmed

2. Protocolo de Uso de Drogas Vasoativas – Hospital Regional do Litoral (PR)

Este protocolo clínico recomenda expressamente o uso de acesso venoso central para administração de DVAs como noradrenalina, dopamina e adrenalina. A via proximal é preferida pela sua posição mais segura e menos sujeita a interferências de outras infusões.

👉 Consultar protocolo da UTI

3. Enfermagem Florence – Cuidados com drogas vasoativas

Reforça a necessidade de técnica asséptica, rotulagem das vias e escolha criteriosa do lúmen para cada tipo de medicação, especialmente em pacientes críticos.

👉 Ver conteúdo educativo

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Balão Intra-Aórtico (BIA)

🫀 Balão Intra-Aórtico (BIA) – Resumo Técnico

📌 Definição

O Balão Intra-Aórtico é um dispositivo de assistência circulatória mecânica temporária, utilizado em situações de insuficiência cardíaca aguda ou choque cardiogénico. Funciona através do princípio da contrapulsação, promovendo a melhoria da perfusão miocárdica e a redução da pós-carga ventricular.

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⚙️ Mecanismo de Ação

• Insuflação durante a diástole:• Aumenta a pressão diastólica na aorta.

• Melhora a perfusão coronária.

• Aumenta a oferta de oxigénio ao miocárdio.

• Desinsuflação antes da sístole:• Reduz a resistência à ejeção ventricular (pós-carga).

• Diminui o consumo de oxigénio pelo miocárdio.

• Aumenta o débito cardíaco.

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🧑‍⚕️ Indicações

• Choque cardiogénico pós-enfarte agudo do miocárdio.

• Insuficiência ventricular esquerda grave.

• Pós-operatório de cirurgia cardíaca com disfunção ventricular.

• Ponte para transplante cardíaco ou terapias definitivas.

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🚫 Contraindicações

• Insuficiência aórtica significativa.

• Dissecção da aorta.

• Aneurisma da aorta torácica.

• Coagulopatias graves.

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🩺 Cuidados de Enfermagem

• Monitorização hemodinâmica contínua: ECG, pressão arterial invasiva e débito cardíaco.

• Avaliação da perfusão periférica: pulsos distais, coloração, temperatura e tempo de enchimento capilar.

• Inspeção do local de inserção: sinais de infeção, hematoma ou sangramento.

• Prevenção de complicações: trombose, isquemia do membro inferior, deslocação do cateter.

Referências:

1. Revisão Cochrane sobre o uso do BIA em choque cardiogénico pós-enfarte

Avaliação sistemática da eficácia do BIA em doentes com enfarte agudo do miocárdio complicado por choque cardiogénico. Conclui que não há evidência robusta para redução da mortalidade com uso sistemático do BIA.

🔗 Revista Portuguesa de Cardiologia

2. Descrição técnica e indicações clínicas do BIA

Explica o funcionamento do balão, as indicações mais comuns e as limitações do seu uso. Inclui também uma visão crítica sobre a evolução das indicações ao longo dos anos.

🔗 Wikipédia em português

3. Estudo sobre cuidados de enfermagem em pacientes com BIA

Foca-se nos cuidados específicos que os enfermeiros devem ter com pacientes submetidos ao uso do balão intra-aórtico, incluindo monitorização, prevenção de complicações e avaliação da perfusão.

🔗 Trabalho académico publicado no CONIC-Semesp

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VIPDABCPR

VIPDABCPR MNEMÓNICA

💡 Esta mnemónica pode ser usada como checklist mental durante a passagem de turno ou na ronda médica. E o nome “VIP DAB CPR” é fácil de lembrar — parece até o nome de uma dança que só quem trabalha em UCI conhece!

“Porque todos os doentes são VIPs e às vezes precisamos mesmo de um DAB e um CPR para aguentar o turno!”

V – Ventilação 🫁: Está a respirar? Como está o suporte ventilatório?

I – Infusão 💉: Que drogas estão a correr? Vasopressores, sedação, nutrição?

P – Pressão arterial 🩺: Está estável ou a fazer montanha-russa?

D – Drenos e dispositivos 🪣: Tudo no sítio? Algum a pingar onde não devia?

A – Antibióticos 💊: Estão ajustados à função renal/hepática?

B – Balanço hídrico 💧: Está a encher ou a secar? Diurese OK?

C – Cateteres 🧵: CVC, arterial, vesical – todos funcionais e limpos?

P – Profilaxias 🛡️: Trombose, úlcera de stress, delirium – estamos a prevenir?

R – Revisão laboratorial 🧪: Gases, eletrólitos, infeções – algo a corrigir?

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domingo, 7 de setembro de 2025

ISBAR

A mnemónica ISBAR é uma ferramenta de padronização de comunicação em saúde que é reconhecida por promover a segurança do doente em situações de transição de cuidados. 

🚨 Por que é tão importante?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, falhas na comunicação são uma das principais causas de eventos adversos evitáveis em ambiente hospitalar. O ISBAR ajuda a:

👉 Evitar omissões ou duplicações de informação

👉 Reduzir o tempo de transmissão de dados

👉 Aumentar a confiança entre equipas multidisciplinares

👉 Melhorar a segurança do doente

👉 Padronizar a linguagem clínica, mesmo em situações de urgência

🏥 Exemplos práticos de aplicação

👉 Passagem de turno: Enfermeiros usam ISBAR para garantir que toda a informação relevante é transmitida sem falhas.

👉 Transferência entre serviços: Médicos e enfermeiros comunicam o estado do doente de forma clara e rápida.

👉 Chamadas para apoio médico: ISBAR permite que o profissional que recebe a chamada compreenda rapidamente a situação e tome decisões informadas.

📋 ISBAR na formação e prática clínica

Cada vez mais instituições de saúde estão a formar os seus profissionais com base nesta metodologia. É considerada uma ferramenta de cuidado, não apenas um protocolo técnico A. A sua adoção tem demonstrado melhorias significativas na qualidade dos cuidados prestados e na redução de erros clínicos

A sigla ISBAR significa:

Referências:

1. Monografia da Escola Superior de Saúde Atlântica (2023)

Estudo que analisa a utilização da comunicação ISBAR na segurança do cliente em unidades de cuidados intensivos. A revisão rápida inclui pesquisa em bases como PubMed, MEDLINE e CINAHL.

👉 Consulta a monografia aqui

2. Artigo da HPA Magazine – Grupo HPA Saúde (2025)

Publicação que destaca o ISBAR como ferramenta essencial para melhorar a comunicação entre profissionais de saúde, com base em evidência da Direção-Geral da Saúde e estudos internacionais.

👉 Lê o artigo completo na HPA Magazine

3. Estudo publicado na revista Cogitare Enfermagem (2020)

Investigação quase-experimental sobre a aplicabilidade do ISBAR em unidades de terapia intensiva adulto, com análise de 432 transferências de cuidados.

👉 Acede ao artigo científico completo

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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

AUSCULTAÇÃO PULMONAR EM DOENTE VENTILADO

🩺 Auscultação Pulmonar em Doente Ventilado: Um Ouvido Clínico Vital

Num doente sob ventilação mecânica, a auscultação pulmonar torna-se uma ferramenta crítica para monitorizar a eficácia da ventilação e identificar precocemente complicações respiratórias. Mesmo com suporte tecnológico avançado, o estetoscópio continua a ser insubstituível na avaliação direta da função pulmonar.

🔍 Porquê auscultar?

• Verificação da simetria ventilatória: Sons respiratórios assimétricos podem indicar intubação seletiva, atelectasia ou pneumotórax.

• Deteção de secreções: Estertores ou roncos sugerem acúmulo de secreções, exigindo aspiração ou ajustes na fisioterapia respiratória.

• Avaliação da resposta ao tratamento: Mudanças nos sons pulmonares após ajustes ventilatórios ou administração de broncodilatadores ajudam a guiar intervenções.

• Identificação de complicações agudas: A ausência de murmúrio vesicular pode sinalizar deslocamento do tubo, obstrução ou colapso pulmonar.

👨‍⚕️ Ouvir é intervir.

A auscultação deve ser sistemática, bilateral e repetida ao longo do tempo.

Fontes:

1. ASSOBRAFIR Ciência – Artigo Original

Estudo observacional que avaliou como diferentes ajustes de volume corrente e fluxo inspiratório influenciam a detecção de ruídos adventícios em pacientes ventilados.

👉 Ausculta pulmonar em pacientes submetidos à ventilação mecânica

2. Formaterapia – Formação em Fisioterapia Respiratória

Aborda os fundamentos da auscultação pulmonar, incluindo anatomia, física acústica e interpretação clínica dos sons.

👉 Fundamentos da auscultação pulmonar

3. Fiep Bulletin – Análise Multiprofissional

Explora a importância da auscultação como método funcional e semiológico, com destaque para sua aplicação em diferentes contextos clínicos.

👉 Ausculta pulmonar – uma análise multiprofissional

4. Sou Enfermagem – Guia Prático

Explica como realizar a auscultação pulmonar e identificar sons anormais, com foco na prática clínica.

👉 Como realizar a ausculta pulmonar e identificar sons anormais

5. Helder Novais e Bastos – Manual Clínico

Documento técnico que detalha a topografia torácica e a aplicação correta do estetoscópio, com imagens e explicações sobre os diferentes tipos de sons.

👉 Manual de auscultação pulmonar

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ANTIBIÓTICOS - SENSIBILIDADE

🦠💊 Antibióticos: Sensibilidade importa! Nem todos os antibióticos são eficazes contra todas as bactérias. A escolha certa pode salvar vida...