sexta-feira, 11 de março de 2016

O RETRATO NEGRO DAS PROFISSÕES LIBERAIS EM PORTUGAL... JORNAL I...REPORTAGEM...


http://icapas.ionline.pt/capas/capa_jornal_i_11_03_2016_a.jpgAcabo de ler na edição de Hoje do Jornal I uma reportagem interessante sobre as dívidas às Ordens Profissionais por parte dos seus membros ...Números que somados de quotas em atraso nas diferentes Ordens Profissionais atingem os 4,5 Milhões de Eruditos... quem diria...

Segundo O Jornal I, no final de 2015, quatro das ordens profissionais em Portugal tinham um buraco nas contas de quase 4,5 milhões de euros. O valor diz respeito a quotas em atraso, que sofreram um aumento global desde 2010.

Nos dados a que o i teve acesso, a Ordem dos Médicos (OM) é aquela que revela um passivo mais elevado, com mais de 3 milhões de quotas em atraso


...Só no ano passado ficaram por pagar pelos engenheiros mais de 220 mil euros em quotas...


...Em dezembro de 2015 havia 872 farmacêuticos suspensos por quotas em atraso 

ORDEM DOS MÉDICOS: Para começar, logo nos primeiros anos são quase 200 euros anuais em quotas. Á partir daí, os valores vão subindo.
Só na região Sul da OM (que abarca grande parte dos distritos desta região, além de Lisboa e ilhas) estavam inscritos 23,6 mil médicos

ORDEM DOS ENGENHEIROS: A ordem cobra dez euros por mês de quota aos seus membros efetivos. Estagiários pagam cinco; estudantes, um; e correspondentes, 7,5 euros. Entre membros efetivos, estagiários e estudantes, a Ordem dos Engenheiros tem quase 50 mil inscritos

ORDEM DOS ADVOGADOS: Um advogado com mais de quatro anos de inscrição na ordem paga quase 40 euros (37,5 EUROS). Com menos anos paga metade, 18,75 euros por mês

ORDEM DOS FARMACÊUTICOS: Em rigor, são 18,07 euros por mês de quota máxima. No Mínimo, os farmacêuticos devem pagar 11,81 euros para poderem exercer a profissão 

ORDEM DOS ARQUITECTOS: A cada três meses, os arquitetos pagam 47,5 euros à ordem (metade nos primeiros dois anos após a inscrição, e os estudantes já pagam). Os dados mais recentes dão conta de cerca de 20 mil membros inscritos na Ordem dos Arquitetos.

ORDEM DOS ENFERMEIROS: Os enfermeiros pagam das quotas mais baixas entre as ordens profissionais existentes. O valor não chega aos dez euros por mês. A Ordem dos Enfermeiros é das maiores em Portugal no que toca ao número de membros inscritos com 68 000.

ORDENS AJUDAM INSCRITOS:
Há médicos a passar dificuldades financeiras e, em alguns casos, sem dinheiro para tratamentos de saúde.
Há dezenas de engenheiros desempregados.
Há farmacêuticos a braços com processos judiciais e sem meios de garantir a sua defesa em tribunal. Foi por situações destas - entre outras - que as ordens profissionais foram criando programas de apoio para os seus membros. Apesar da "seca" dos últimos anos no setor da construção civil em Portugal, a Ordem dos Engenheiros tem atualmente registados apenas 55 membros sem emprego, num total de 48 651 inscritos (incluindo quase cin- co mil estudantes e estagiários). O período negro da engenharia civil poderá ter sido compensado pelo cres- cimento de oportunidades noutras áreas - ao i, a OE refere que "as alterações, ao nível do número de desempregados, não têm sido significativas" ao longo dos últimos seis anos. A quota para os membros efetivos é de 10 euros por mês. Mas para os profissionais que percam o emprego - ou que não consigam colocação depois da licenciatura - a OE prevê a isenção de pagamentos até que consigam voltar ao ativo. Além dos 55 inscritos com quotas suspensas, há ainda 2277 engenheiros que. tendo mais de 70 anos e continuando a trabalhar, têm uma redução de 50% nesse valor.
DESEMPREGO EXPONENCIAL. Para os farmacêuticos, as dificuldades em conseguir uma colocação profis- sional são mais complicadas. A profissão de "pleno emprego" de há uns anos deu lugar á uma realidade em que "o desemprego entre os profissionais do setor cresceu exponencialmente", colocando, segundo a própria Ordem dos Farmacêuticos (OF), cada vez mais entra- ves aos jovens licenciados, "seja pela falta de oportunidades, seja pelas condições oferecidas".
Solução: a OF isentou de quotas os membros fora do mercado de trabalho, passou a possibilitar o pagamen- to faseado da inscrição na ordem e permitiu que, enquanto não arranjarem emprego, os farmacêuticos possam suspender a sua inscrição. Ao mesmo tempo, criou a "bolsa de empregabilidade no setor farmacêutico", que se tem revelado "uma ferramenta privilegiada" de recrutamento por parte das empresas.
No caso dos arquitetos, a ordem tem apenas previsto um seguro gratuito de responsabilidade civil e profissional de 25 mil euros. 
O caso mais claro de apoio a profissionais em dificuldades financeiras e sociais será o da Ordem dos Médicos (OM), através do Fundo de Solidariedade disponível para os médicos inscritos na OM, descendentes e cônjuges, unidos de facto e órfãos.






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